Абреу, Сержиу

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Sérgio Rebello Abreu (5 de Junho de 1948) é atualmente luthier (fabricante de violões). Foi um dos mais destacados violonistas de sua geração, tendo estudado com seu avô Antonio Rebello e seu pai Osmar Abreu. Seguindo seus estudos a partir de 1961 com a célebre violonista (aluna de Andrés Segovia) Adolfina Raitzin Távora (conhecida como Monina Távora), Sérgio iniciou a sua carreira internacional em 1968 na Inglaterra ao lado de seu irmão Eduardo Abreu.

Carreira

Durante os anos sessenta desenvolveu uma carreira notável como concertista ao lado de seu irmão.

A atuação do duo se estendeu à Europa, Austrália e Estados Unidos com turnês anuais muito aclamadas pelo público e pela crítica. Eduardo abandonou o violão profissionalmente em 1975 e Sérgio prosseguiu uma carreira solo igualmente prestigiada até 1981, ano de seu último concerto.

Após esse período, desenvolveu seu interesse pela construção de violões e hoje é considerado um dos grandes luthiers brasileiros. Seus instrumentos são construídos com base no modelo do fabricante alemão Hermann Hauser, do qual Sérgio Abreu possui um exemplar de 1930.

As gravações existentes do duo e dos solos de Sérgio e Eduardo Abreu são objecto de culto entre os admiradores do violão clássico, que os reputam como dois dos maiores violonistas do século, ao lado de Andrés Segovia e Julian Bream.

As características de sua execução reúnem elementos da escola de Tárrega e Segovia (que podem ser deduzidos a partir da prática de ensino de Adolfina Távora) e da escola catalã de piano (a partir também de Adolfina que, além de precoce virtuose do violão, discipula de Domingo Prat e Segovia, estudou piano com Ricardo Viñes). A sonoridade era obtida para um grande alcance de projeção e volume com economia de esforço, baseada na velocidade do ataque. As unhas eram muito curtas e em formato arredondado, favorecendo um toque combinado entre a polpa do dedo e a unha. Através dessa técnica era possível um som com grande riqueza e variedade de sons harmônicos, na linha de Llobet e Segovia. A variedade de timbres era empregada de maneira sutil e parcimoniosa, a abordagem rítmica era definida com precisão (resultado da prática da música de câmara) e o fraseado era construído de maneira clara e transparente. O controle fino e sutil das gradações de dinâmica e a impressionante homogeneidade das gradações de timbre contribuíam para esse fraseado ao mesmo tempo rico e controlado. Os rubatos eram empregados de maneira discreta e utilizados, tanto quanto a dinâmica, em profunda relação com a estrutura das obras. Poderia-se apontar essa característica estrutural das interpretações de Sérgio e Eduardo Abreu como uma de suas contribuições mais notáveis para poética musical relacionada ao violão.

Ao mesmo tempo em que pela sonoridade e técnica Sérgio e Eduardo Abreu eram herdeiros da abordagem segoviana, as expectativas de repertório e o estilo de interpretação os diferenciavam substancialmente do pensamento musical do mestre espanhol, que orientou toda uma geração de concertistas. O repertório do duo sempre foi baseado em pesquisa de originais. Eduardo Abreu fez a primeira audição brasileira da Sonatina de Lenox Berkeley, e Sérgio Abreu do Nocturnal op.70 de Britten e dos Tentos de Hans-Werner Henze, já nos anos sessenta.

Apesar da preocupação com repertório original, Sérgio Abreu realizou ao longo do tempo mais de cinqüenta transcrições para solo, duo, trio e quarteto de violões, além de violão e voz. Essas transcrições foram feiras como complemento de suas atividades de concertista e também para grupos de amigos músicos como o Brazilian Guitar Quartet (quando da formação original com Edelton e Ewerton Gloeden, Tadeu do Amaral e Paul Galbreith), o Alice Artiz Guitar Trio, e o solista do violão de oito cordas Paul Galbraith.

Prémios

  • Venceu o Concurso Internacional de Paris em 1967.